sábado, 17 de abril de 2010

Cultura Medieval

Pré-Requisito:
Ter visto a lição anterior.

CULTURA E PENSAMENTO MEDIEVAL
“IDADE DAS TREVAS?”
Quando se fala em idade média, logo vem a mente perseguição religiosa,
pessoas torturadas, cavaleiros, reis poderosos e a igreja no controle da vida das pessoas.

Mas além de coisas desagradáveis, houve outros fatos que foram de importância para a história e que ocorreram na idade média. Por exemplo: o avanço do cristianismo como força unificadora da Europa; o desenvolvimento das línguas e literatura européia; a criação de universidades, igrejas, arte gótica e entre muitos outros.

Durante o reinado dos merovíngios, não havia tantos locais para instrução escolar, a não ser as escolas episcopais, mantidas pelos bispos com o objetivo de garantir a continuação de novos clérigos,e os mosteiros , locais onde os monges se dedicavam , entre outras coisas , a copiar manuscritos antigos. Com isso a igreja conseguiu deter boa parte do conhecimento durante a idade média. Porque o clero era a elite intelectual e suas escolas eram fontes exclusivas do saber na Europa Ocidental.

A grande influência da igreja sobre a cultura e o pensamento das pessoas teve bases sólidas e materiais; ao longo dos séculos, a igreja se organizou politicamente e territorialmente, pois tinha muitos feudos, além de ter prestígio com a classe dominante, ( reis e nobres). Logo a cultura medieval passou a se espelhar o pensamento da igreja, isso passou a ser conhecido como teocentrismo cultural, ou seja, o mundo era subordinado as leis de Deus.

A igreja ainda passou , por meio de suas ordens a direcionar a produção cultural, mas as cidades começaram a se desenvolver e tornaram-se centros de novos valores culturais e assim foi saindo aos pouco dos dogmas da igreja.





Educação

Como já foi citado quem controlava a educação era o clero católico. No século IX, fundaram-se escolas junto as catedrais. Logo em seguida, vieram as universidades. Sendo que algumas delas são conhecidas até hoje, com exemplo: Oxford e Cambridge. Mas em todas as faculdades da época , a influência da igreja era forte. As aulas eram ministradas em latim, e algumas das matérias de estudo eram: teologia ( filosofia),ciências, letras, direito e medicina.

O curso era composto pelo triarium, nesta se ensinava gramática, retórica e lógica; o quadriarium, esta parte ensinava aritmética, geometria, astronomia e música.No final do curso, os alunos já podiam se preparar profissionalmente nas “escolas de artes liberais”, ou continuar nas áreas d a medicina, direito ou teologia.

As universidades tinham vários privilégios como: ensinar seus graduados, isenção de impostos, isenção do serviço militar, além do direito de julgamento especial em foro acadêmico para seus membros. Estas vantagens eram sempre garantidas ou pelo imperador ou pelo Papa, que na época eram as maiores autoridades.


Literatura

No geral, a idade média, mostra a preocupação religiosa do homem de retratar sua época. Na poesia procurou-se mostrar os valores e as virtudes do cavaleiro entre elas a justiça, o amor e a cortesia. Destacou-se a poesia épica, ou seja, que fala das ações corajosas dos cavaleiros; e a poesia lírica que fala do amor cortês, dos sentimentos dos cavaleiros em relação as suas amadas damas.

Um destaque da literatura desse período foi: Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia.

Arquitetura

Os estilos dominantes da arquitetura medieval foram: o gótico e o românico.

» Gótico: surgiu entre os séculos XII e XVI. Predominou principalmente na França, Inglaterra e Alemanha. Difere do estilo românico por sua leveza e traços verticais. São nas construções góticas que aparecem as janelas ornamentadas com vitrais coloridos, onde se permitia uma boa iluminação interior. As paredes ficaram mais finas e as altas abóbodas eram apoiadas em longos pilares. As obras de maior destaque neste estilo são as catedrais, como a de Paris.

» Românico: desenvolveu-se entre os séculos XI e XIII. Suas características principais são os traços simples e austeros, como grossos pilares, tetos e arcos em abóboda, janelas estreitas e muros reforçados. Um exemplo deste estilo é a igreja de São Miguel , em Lucca.

Pintura

É obvio, que a pintura medieval foi dominada por temas religiosos. Onde a atenção do pintor não era tanto nas paisagens, mais sim, na representação de Santos e divindades.

Também aparece nesta época, a pintura de murais, vitrais e miniaturas. Os mais destacados pintores foram: Giotto e Cimabue.

Música

Há uma pequena divisão: música Sacra e a música popular, nesta aparecem os trovadores e menestréis.

Na música Sacra o destaque ficou com o Papa Gregório Magno, que introduziu o Canto Gregoriano, que é caracterizado por uma melodia simples e suave, cantada por várias vozes em um único som.

Já música popular , o destaque fica com trovadores e menestréis.

Trovador: eram os compositores e poetas que criavam obras de caráter popular.

Menestrel: era o cantor do trovador. Visto que sempre o acompanhava.

Eles tinham suas obras inspiradas em temas românticos ou feitas heróicos dos cavaleiros. Surgiram na França, por volta do século XI, de lá se espalharam para outras partes da Europa.

Filosofia e Ciência


Se for analisar bem, a idade média pode ser até paradoxo, pois de um lado com a influência religiosa muitos trabalhos científicos , que fossem diferentes do que a igreja ensinava, já podia ser considerado com uma heresia e assim ser proibido. Mas por outro lado a ciência e a filosofia estavam entrelaçadas. A influência árabe e grega foram muito forte para o progresso da matemática, astronomia, biologia e medicina.

Também houve o aperfeiçoamento na navegação, com a utilização da bússola, dos mapas de navegação, do astrolábio além de outros instrumentos.

Um dos grandes nomes da ciência medieval foi o monge franciscano Roger Bacon (1214-1294), que introduziu a observação da natureza e o uso de experimentação com métodos científicos. Ele ficou conhecido como doutor Admirável, Bacon conseguiu desenvolver estudos em diversas áreas como : geografia, filosofia e física.

Na filosofia, destacaram-se santo Agostinho e Tomás de Aquino. A principal preocupação deles era tentar harmonizar a fé cristã com a razão. Santo Agostinho era de uma corrente filosófica denominada patrística. Já São Tomás de Aquino, conseguiu reconstruir , dentro da visão cristã, boa parte das teorias de Aristóteles.

Santo Agostinho fez a síntese da filosofia clássica com a platônica junto com a fé cristã. Segundo a teologia agostiniana, a natureza humana é por essência corrompida.

A remissão estava na fé em Deus , a salvação eterna. As principais obras dele foram : confissões e Cidade de Deus.

Essa visão pessimista em relação a natureza humana foi substituída na Baixa Idade média por uma concepção mais otimista e empreendedora do homem, com a filosofia escolástica, que procurou harmonizar razão e fé , partindo do fato que o progresso do ser humano dependia não só da vontade divina,mas do esforço do próprio homem. Essa atitude refletia uma tendência a valorização dos atributos racionais do homem, não devendo existir conflito entre fé e razão, pois ambas auxiliavam o homem na busca do conhecimento.

Se por um lado a escolástica valorizou a razão e substituiu a idéia agostiniana de predestinação pela concepção de livre arbítrio, isto é, de capacidade de escolha. O clero tinha o papel de orientar moralmente e espiritualmente a sociedade , condicionando a liberdade de escolha com as vontades da igreja. Desse modo ao mesmo tempo que buscava assimilar as transformações sociais, tentava preservar os valores do mundo feudal decadente, assegurando a supremacia de sua mais poderosa instituição – a igreja.

São Tomás de Aquino ( 1225- 1274), deu aulas na universidade de Paris, foi o mais influente filósofo escolástico inspirado na tecnologia cristã e no pensamento de Aristóteles,elaborou a Suma teológica, obra em que discorreu sobre os mais diversos assuntos, como religião, economia e política. O pensamento de São Tomás constituiu um poderoso instrumento de ação do clero durante a Baixa Idade Média.

fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia014.asp

Guerra e Armamento

A Idade Média foi, em termos bélicos, como um período de grandes desenvolvimentos tecnológicos, essencialmente provindos de dois grandes laboratórios, o Médio Oriente e a Península Ibérica. As duas zonas, que desde muito cedo se tornaram palcos de violentas batalhas entre mouros e cristãos, fizeram com que a prática, a filosofia, a tecnologia e a própria gênese da guerra evoluíssem. Temos que ter consciência que os termos cruzada e jihad surgem nesta época, e embora ambas tenham um significado extremamente semelhante, são dois paradigmas de uma realidade muito peculiar.


Quando da invasão da Península Ibérica por parte das hostes mouras, o povo dominante eram os Visigodos, cujos exércitos se apoiavam essencialmente numa infantaria pesada, muito lenta. Os exércitos mouros, todavia, utilizavam uma cavalaria extremamente veloz, com armamento defensivo muito ligeiro, que lhes permitia uma rápida evolução no terreno e que deu a estes exércitos a vantagem, pelo menos numa fase inicial, e permitiu a conquista da maior parte da península a um ritmo apenas observado nos conflitos contemporâneos.

Espadas do período final da Idade Média

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Média


Componentes do grupo: Yan Salim
Pablo Henrique
Gabriel Costa
Gabriel Naves
Vitor Rodrigues
Matheus Oliveira


sexta-feira, 2 de abril de 2010

FEUDALISMO

O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média. Segundo o teórico escocês do iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e em certas zonas do mundo pode ser sucedido pelo capitalismo. Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei dava-as para eles. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e em troca recebiam o direito a um pedaço de terra para morar e também estavam protegidos dos bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando iam cuidar das terras do Senhor Feudal.

O feudalismo tem início com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa). As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado, economia baseada na agricultura de subsistência, e trabalho servil (servos). Economia amonetária e sem comércio, onde predomina a troca. Os feudos na Idade Média eram inicialmente os primeiros refúgios dos nobres romanos que fugiam de ondas de ataque bárbaros. Com o tempo, formou-se o que chamamos de Sistema feudal, onde havia um Senhor feudal. А que seria "superior" ao seu vassalo, o servo (o qual representa a população que também fugiu das cidades em busca de segurança).

O feudo caracterizava-se por ser uma extensão de terras de um nobre, que possuía uma moradia (talvez um castelo) que tinha em volta várias áreas de plantio, que eram cultivadas pelos servos. Era um bem qualquer dado por um Suserano ao seu Vassalo no ato de Investidura ( Podia ser um escudo, uma armadura, uma moeda, um selo, uma propriedade, etc..) Pelo contrato entre eles, o servo deveria trabalhar nas terras do Senhor Feudal, dando-lhe em troca parte da colheita, enquanto que o Senhor Feudal lhe permitia usar suas terras e lhe dava proteção quando ocorriam ataques ao feudo.

Com a decadência do Império Romano e as invasões bárbaras, os nobres romanos começaram a se afastar das cidades levando consigo camponeses (com medo de serem saqueados ou escravizados). Já na Idade Média, com vários povos bárbaros dominando a Europa Medieval. E com as reformas culturais ocorridas nesse meio-tempo, começou a surgir a idéia de uma nova economia: o feudalismo.
A sociedade feudal era composta por três grupos sociais com status fixo: os Nobres (guerreiros), o Clero (religiosos), e os servos (mão de obra). O que determinava o status social era o nascimento. Havia também a relação de Vassalagem entre os Nobres, onde um nobre (suserano) doa um feudo para um outro nobre (vassalo). Apresentava pouca ascensão social e quase não existia mobilidade social (a Igreja foi uma forma de promoção, de mobilidade)

• O clero tinha como função oficial rezar. Na prática, exercia grande poder político sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre a religião e a política era desconhecido. Mantinham a ordem da sociedade evitando, por meio de persuasão e criação de justificativas religiosas, revoltas e contratações camponesas.

• A nobreza (também chamados de senhores feudais) tinha principal função de guerrear, além de exercer considerável poder político sobre as demais classes. O Rei lhes cedia terras e estes lhe juravam ajuda militar (relações de suserana e vassalagem).

• Os servos da gleba constituíam a maior parte da população camponesa, eles eram presos à terra e sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestarem serviços à nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de proteção militar. Embora geralmente se considere que a vida dos camponeses fosse miserável, a palavra "escravo" seria imprópria. Para receberem direito à moradia nas terras de seus senhores, assim como entre nobres e reis, juravam-lhe fidelidade e trabalho.

• Os Vassalos oferecem ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.

A produção feudal própria do Ocidente europeu tinha por base a economia agrária, de escassa circulação monetária, auto-suficiente. A propriedade feudal pertencia a uma camada privilegiada, composta pelos senhores feudais, altos dignitários da Igreja (o clero). Como os feudos são supostamente propriedades do Estado (neste caso, representado pelos senhores feudais), feudalismo é, conseqüentemente, considerado por ele como sendo uma forma de socialismo, o socialismo aristocrático. (servismo)

TRIBUTOS E IMPOSTOS DA ÉPOCA
Corvéia: trabalho compulsório nas terras do senhor em alguns dias da semana;
Talha: Parte da produção do servo que deveria ser entregue ao nobre
Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes;
Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça);
Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local;
Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza;
Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre;
Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, era também válida para quando um parente do nobre iria casar.
Mão Morta: Era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da família.
Albermagem: Obrigação do servo em hospedar o senhor feudal.

Muitas cidades européias da Idade Média tornaram-se livres das relações servis e do predomínio dos nobres.

DIVISÃO DO FEUDO

Manso senhorial (domínio): uso exclusivo do senhor feudal.
Manso servil: arrendada aos servos e dividida em tenências.
Manso comunal: terras comuns (pastos, bosques, florestas).

Nomes: Ana Laura Landa Ignácio

Camila Ferreira Araújo

Grasielle Miranda Gimenes

Rayssa Martins Lopes

Thaynna Fonseca Melo