A literatura medieval é um tema vasto, abrangendo essencialmente todas as obras escritas disponíveis na Europa e além durante a Idade Média (abrangendo o milênio que vai da queda do Império Romano em cerca de 500, até o início da Renascença florentina em fins do século XV. A literatura desta época era composta de escritos religiosos bem como de obras seculares. Da mesma forma que a literatura moderna, é um complexo e rico campo de estudo que vai do totalmente sagrado ao exuberantemente profano, passando por todos os pontos intermediários. Por causa da vasta extensão de tempo e espaço é difícil falar em termos gerais sem simplificar em demasia e assim, a literatura é melhor caracterizada por seu lugar de origem e/ou linguagem, bem como por seu gênero.
No geral,a idade média, mostra a preocupação religiosa do homem de retratar sua época. Na poesia procurou-se mostrar os valores e as virtudes do cavaleiro entre elas a justiça, o amor e a cortesia. Destacou-se a poesia épica , ou seja, que fala das ações corajosas dos cavaleiros; e a poesia lírica que fala do amor cortês, dos sentimentos dos cavaleiros em relação as suas amadas damas.
Um destaque da literatura desse período foi: Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia.
Extraído do Site:
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia014.asp
Divina Comédia
A Divina Comédia (Comédia) é um poema composto de um canto introdutório e de três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Cada parte é integrada por trinta e três cantos, de pouco mais do que uma centena de versos cada um. Os versos são decassilábicos, e o metro é terceto encadeado. São muito discutidas as datas da composição do poema: muito provavelmente, Dante começou-o por volta de 1307, para depois nele trabalhar durante toda a sua vida. O título do livro, por extenso, é pelo próprio poeta apresentado na carta a Cangrande della Scala: "Incipit Commedia Dantis Alagherii, florentine natione, non moribus" (Começa a Comédia de Dante Aligieri, florentino de nascimento, não de costumes). Dante chamou à obra simplesmente "Comédia", porque, como as comédias propriamente ditas, termina com um final alegre. Talvez lhe haja chamado "Comédia ainda por modéstia, enquanto considera a Eneida como tragédia. O adjetivo "Divina" é um acrescento mais tardio, talvez da responsabilidade de Boccaccio. Apareceu impresso pela primeira vez na edição veneziana de 1555. O poema, no seu conjunto, é a história da conversão do pecador a Deus. O poeta tencionava fazer da "Divina Comédia" principalmente sua obra de doutrina e de edificação, uma "Suma" que compreendesse o saber do seu tempo, da ciência à filosofia e à teologia. Por isso o poema é repleto de significados alegóricos e ainda morais. Assim, por exemplo, Virgílio, que cantou os ideais de paz e justiça do Império Romano no tempo de Augusto, e que guia o poeta através do Inferno e do Purgatório, simboliza a razão integrada com a sabedoria moral, e é também a voz da própria consciência de Dante. Beatriz, a mulher amada que o guia no Paraíso, é a sabedoria cristão iluminada pela graça, a suprema sabedoria dos santos, a única que pode levar a Deus. Tudo no poema é perfeita construção alegórica, e nisto Dante limita-se a respeitar as regras do seu tempo: pois quantas não são de fato as obras medievais que referem as viagens ultraterrenas, devidamente arquitetadas para edificação do pecador? Só que, no poema dantesco, há um sutil artifício que permite ao poeta encerrar nos seus cantos também a história do seu tempo. Dante imagina fazer uma viagem em 1300 e portanto refere naturalmente tudo quanto aconteceu antes desta data; mas, reconhecendo aos mortos a capacidade de prever o futuro, põe-nos a profetizar os acontecimentos públicos e particulares que não deseja deixar em silêncio.
Música Medieval
Os sistemas de notação só entraram em uso geral no século XI e careciam da precisão mais tarde alcançada. Normalmente os sistemas de notação provinham dos círculos letrados da Igreja, somente. Quando se fala em música da idade média, o canto orfeônico e compositores sacros permaneceram. Mas a música fora do círculo religioso não deixou qualquer prova direta. A música era criada e transmitida oralmente, mesmo quando o meio era uma cultura oral refinada. A informação remanescente em fontes literárias e pictóricas é de especial valor na indicação do uso de instrumentos musicais. O núcleo relativamente estável da liturgia da Igreja durante aquele período tornou possível a preservação de fontes de informação ainda hoje disponíveis.Há evidência de que a música era usada na chamada "igreja apostólica". Nos três primeiros séculos, o repertório estava razoavelmente unificado.Sabe o por que do interesse da Igreja em usar a notação musical, quando o povo em geral não se preocupava tanto com isso? O uso da notação pode ser visto como o exercício de uma espécie de autoridade, dando à música uma existência objetiva e uma forma verificável.O clero conservador, entretanto, se opunha a algumas tendências que acabaram se tornando a prática aceita. Por exemplo, a polifonia (música para várias vozes simultâneas) e o emprego de um método afetado e expressivo de interpretação.O conhecimento de composição musical extra-eclesiástica é seriamente afetado pela pequena quantidade e parcialidade das fontes. As canções dos trovadores, que nada tinham de rudimentares ou "populares", parecem ter existido em forma oral até dois séculos antes do surgimento da forma escrita, no século XIII. As coletâneas de música artística se tornaram cada vez mais freqüentes a partir desse período e refletem o estabelecimento do papel do poeta-compositor cortesão, bem como de um ambiente secular que favoreceu a perpetuação de sua obra no que eram, por vezes, manuscritos suntuosamente produzidos.A dependência de tais provas do seu contexto cultural pode ser apreciada comparando-as com as fornecidas pela Inglaterra. Aí o estabelecimento de músicos seculares "domésticos" funcionou principalmente no âmbito de um sistema fechado de corporação ou guiada, a qual não fez uso de notação e cuja obra, por conseguinte, se perdeu.Além da prática cotidiana de composição musical, seus aspectos teóricos e especulativos eram parte importante do Quadrivium dos estatutos universitários, e foram desenvolvidos ao longo do período de acordo com as diretrizes estabelecidas por Boécio.
Bibliografia: J. Chailley, Histoire Musicale du Moyen Age (1950); The Middle Ages - A Concise Enciclopedia.
Guido d’Arezzo
Guido D'Arezzo (992 — 1050) foi um monge italiano e regente do coro da Catedral de Arezzo (Toscana).
Foi o criador da notação moderna na pauta antiga, encerrando com o uso de neumas na História da Música, e batizou as notas musicais com os nomes que conhecemos hoje: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si (antes,ut,re,mi,fa,sol,la e san), baseando-se em um texto sagrado em latim do hino a São João Batista:
- Ut queant laxis
- Resonare fibris
- Mira gestorum
- Famuli tuorum
- Solve polluti
- Labii reatum
- Sancte Ioannes
Que significa:
"Para que teus servos,
possam ressoar claramente
a maravilha dos teus feitos,
limpe nossos lábios impuros, ó São João."
A Guido d'Arezzo é também atribuída a invenção da "Mão Guidoniana", um sistema mnemônico usado para o ensino da leitura musical, em que os nomes das notas correspondiam a partes da mão humana.
O sistema de Guido d'Arezzo sofreu algumas pequenas transformações no decorrer do tempo: a nota Ut passou a ser chamada de dó, para facilitar o canto com a terminação da sílaba em vogal, derivando-se provavelmente de Dominus (Senhor, em latim) e a nota si (por serem as inicias em latim de São João: Sancte Ioannes), novamente facilitando o canto com a terminação de uma vogal.
Compontes do grupo: Isabela Santos Ferreira
Laura Caroline de Melo Fernandes
Luciana Mendonça Fernandes
Luciana Ribeiro Peixoto
Samara Evangelista de Lima
Vinicius da Costa Nunes
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