terça-feira, 10 de agosto de 2010

Expansão européia e conquista da América


Durante o feudalismo a Europa foi dividida em vários reinos, e o poder político era partilhado entre os senhores feudal e governante das comunas, que eram cidades da Europa que adquiriram autonomia por rebelião ou negociação. No final da Idade Média ocorreram várias coisas ligadas a desestruturação do feudalismo, como o desaparecimento gradual da servidão, revoltas contra a exploração feudal, o desenvolvimento do comercio e o enfraquecimento do poder da nobreza feudal.

Tudo isso contribuía para a volta da centralização política, mas os senhores feudais e os administradores não queriam perder o poder.No entanto, havia alguns nobres que desejavam esta centralização ou fortalecimento da autoridade do rei pois assim o Estado se tornaria um instrumento mais eficaz, visando sempre o desenvolvimento econômico. Com este poder centralizado seria mais fácil a construção de sociedades mais prósperas e seguras.

Os governos das monarquias nacionais desenvolveram uma série de métodos para garantir o controle político do Estado como Burocracia Administrativa (desempenharam as tarefas de administração pública, cumprindo ordens do rei), Força Militar, Leis e Justiças Unificadas, Sistema Tributário (impostos e taxas obrigatórios.

Em Portugal, Espanha, França e Inglaterra, a centralização do poder conduziu à formação de Estados Nacionais. Na Alemanha e na Itália, por exemplo, o processo de unificação territorial e política ocorreram somente no século XIX.

Durante a ocupação da Península Ibérica cristãos e muçulmanos alternaram momentos de luta com relativa pás. Os cristãos chamaram de Reconquista à luta contra a presença dos muçulmanos, as terras reconquistadas pelos árabes eram transformadas em condados (administrados por condes); do condado de Portucale ou Portucalense século IX, Portugal originou-se como país.

A economia de Portugal, que era basicamente agrária, foi se voltando também para as atividades comerciais marítimas. Portugal foi governado por mais de duzentos anos pelos reis da dinastia de Borgonha até em 1383, quando o rei D. Fernando, não deixou sucessor do sexo masculino a rainha, D. Leonor Teles, assumiu o poder como regente e estava disposta a entregar o trono português a sua filha Beatriz, casada com o rei de Castela, porém comerciantes e banqueiros não concordavam, uniram-se então em torno de D. João (irmão bastardo do rei falecido e mestre da Ordem de Cavalaria de Avis), a luta contra as intenções de Castela ficou conhecida como Revolução de Avis. D. João saiu vitorioso e iniciou-se assim a dinastia de Avis, período no qual a nobreza agrária subordinou-se aos reis, que reforçaram e centralizaram os poderes em suas mãos, favorecendo a expansão comercial-marítima portuguesa.

No século XI, em Portugal, setores ligados à burocracia e à burguesia ambicionavam enriquecer por meio da expansão da atividade comercial marítima.

Para participar do comércio oriental, os comerciantes portugueses tinham de romper o monopólio dos genoveses e venezianos. Como o tráfego comercial-marítimo pelo mar Mediterrâneo era controlado pelos italianos, restava aos portugueses uma alternativa para chegar ao mercado oriental, encontrar um novo caminho pelo oceano Atlântico, tendo como base projetos de alguns navegadores da época.

Havia muitos motivos para os portugueses buscarem a expansão marítima no século XV, alguns deles:


· Conquista de Constantinopla: os turcos conquistaram Constantinopla, em 1453, e bloquearam o comércio de especiarias realizado pelo Mar Mediterrâneo.

· Necessidade de novos mercados: descobrir novos caminhos para o Oriente, conquistar novos mercados consumidores. De gêneros alimentícios e de matérias-primas.

· Falta de metais preciosos: os metais preciosos europeus eram permanentemente enviados ao oriente para a compra de especiarias e artigos de luxo.

· Interesse dos Estados Nacionais: a expansão comercial aumentaria os poderes do rei, manteria os privilégios da nobreza e elevaria os lucros da burguesia.

· Propagação da fé cristã: os participantes da expansão marítima-comercial européia herdaram da idade media algo do entusiasmo cavalheiresco e do ideal da cruzadas de propagar a fé crista.

· Ambição material: os lideres envolvidos na expansão marítima eram movidos, sobretudo, pela ambição de valer mais, ter mais e ser mais.

· Progresso tecnológico: a expansão tornou-se possível graças ao desenvolvimento científico-tecnológicos, que permitiu as navegações a grandes distâncias.


A caravela foi a principal embarcação marítima utilizada nas grandes navegações. Desenvolvida pelos portugueses, era um navio de estrutura leve movido pelo vento; sua principal característica era a vela de formato triangular.

A cartografia (elaboração de mapas) teve significativo desenvolvimento. A partir do século XV, surgiram mapas com os primeiros registros das terras descobertas na África na América. Esses mapas eram considerados verdadeiros segredos do Estado.

A bússola, cuja invenção é atribuída aos artigos chineses, porém os árabes que as levaram para a Europa, onde começou a ser utilizada pelos navegadores.

Portugal foi o primeiro país a empreender as grandes navegações no século XV, fatores que contribuíram para isso:


· Centralização administrativa: realizada durante a dinastia de Avis, a centralização administrativa de Portugal permitiu que a monarquia passasse a governar em sintonia com os projetos da burguesia.

· Mercantilismo: com a centralização político-administrativa, Portugal assumiu características de um Estado absolutista, e a política econômica adotada por esse Estado foi o mercantilismo.

· Ausência de guerras: no século XV, enquanto vários países europeus estavam envolvidos em confrontos militares, Portugal era um país sem guerras.

· Posição geográfica: A posição geográfica de Portugal,banhado em toda a sua costa oeste, pelo oceano Atlântico, facilitou a expansão por mares nunca dantes navegados.


Vasco da Gama retornou, em 1499, com um carregamento que superou em sessenta vezes o custo da expedição. Depois do retorno dessa expedição, o rei D. Manuel decidiu enviar à Índia uma poderosa esquadra, a fim de estabelecer sólidas relações comerciais com o oriente.O comando da esquadra foi entregue a Pedro Álvares Cabral, nobre português sem grande experiência marítima.

No dia 22 de abril, os portugueses avistaram um monte, que recebeu o nome de Monte Pascoal, a terra foi batizada com o nome de Vera Cruz depois mudado para Terra de Santa Cruz, o nome atual, Brasil, só passou a ser adotado em 1503, devido à grande quantidade da árvore chamada pau-brasil, encontrada no litoral. Em 2 de maio, a esquadra de Cabral deixou Porto Seguro e seguiu viagem em direção à Índia, a fim de estabelecer tratados de comércio com os povos do Oriente.

Os primeiros contatos entre portugueses e indígenas foram marcados pela cautela, pela curiosidade mútua e por certa cordialidade, esse relacionamento desapareceu e surgiu assim o confronto entre conquistadores europeus e indígenas.

Enquanto a navegação marítima portuguesa se desenvolvia e consequentemente, o comercio se ampliava em novas direções, os espanhóis enfrentavam os mulçumanos que ainda ocupavam a cidade de Granada.

Cristovão Colombo lhes apresentou um novo projeto de navegação para atingir a Índia. Baseando-se na idéia de que a Terra era redonda. Com 3 caravelas concedidas pelos reis espanhóis, Colombo e sua tripulação partiram do porto de Palos em 3 de agosto de 1492. Em 12 de outubro, chegaram as terras que pensavam ser a Índia. Por isso seus habitantes foram chamados de índios.

Colombo morreu sem saber que havia “descoberto” outro continente, somente depois de alguns anos Américo Vespúcio, esclareceu o engano de Colombo. Foi em homenagem a Vespúcio, que o continente até então desconhecido recebeu o nome de América.

Após a chegada de Colombo à América, os reis da Espanha apressaram-se em garantir seus direitos de posse sobre a nova terra. Em 4 de maio de 1493, o papa estabeleceu que a América seria dividida entre Espanha e Portugal. Inconformado com a divisão estabelecida, o governo português forçou a negociação de um novo acordo, conhecido com Tratado de Tordesilhas.

Interessados também em descobri novos caminhos para as Índias, franceses, ingleses e holandeses lançaram-se às navegações marítimas, concentrando-se no Atlântico Norte, pois espanhóis e portugueses já se dedicavam às rotas do Atlântico Sul. Os navegadores passaram a explorar e a ocupar parte da América do Norte além de praticar a pirataria.

Na Inglaterra, a pirataria foi oficializada. A monarquia inglesa autorizava ataques e pilhagens contra navios de nações inimigas, desde que os piratas dividissem os lucros dos saques com o governo ingl

Nomes: Abisague Silva Rocha Pereira
Amanda Pereira Moraes
Andressa Mendes
Bárbara Caroline
Lorrane Rodrigues Vieira
Pâmela Oliveira
1° "A"

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