segunda-feira, 20 de dezembro de 2010


A Chegada da cana-de-açúcar


Portugal decidiu colonizar o Brasil para protegê-lo de ameaças estrangeiras, precisando desenvolver uma atividade econômica lucrativa. Optaram pela produção açucareira no litoral, visto que o açúcar era um produto muito consumido na Europa. Também o solo de massapê, e o clima quente, com chuvas foi o que propiciou o plantio da cana-de-açúcar.

As primeiras mudas foram trazidas da Ilha da Madeira por Martim Afonso de Souza, responsável pela instalação do primeiro engenho em São Vicente, no ano de 1533. Em seguida, muitos outros se proliferaram pela costa brasileira. O Nordeste, principalmente o litoral pernambucano e baiano, serviu a maior parte da produção açucareira da colônia.

Os portugueses produziam o açúcar enquanto os holandeses distribuíam comercialmente, produzir era menos rentável que comercializar por isso os holandeses tiveram mais lucro que os portugueses.

A maior contribuição dos engenhos, porém, foi estar em um ponto bastante privilegiado, facilitando o escoamento e agilizando a chegada do produto aos mercados consumidores.

Os Engenhos

O posto mais elevado na complexa sociedade açucareira cabia ao senhor de engenho – o proprietário dos complexos agroexportadores, mais conhecidos como engenhos -, o qual desfrutava de admirável status social. Os engenhos eram formados por amplas propriedades de terras ganhas através da cessão de sesmarias – lotes abandonados cedidos pela coroa portuguesa a quem se comprometesse a aproveitá-los para o cultivo. O senhor e sua família moravam na casa-grande – local onde ele desempenhava sua autoridade junto aos seus, cumprindo seu papel de patriarca.

Os negros escravos viviam nas senzalas, alojamentos nos quais conviviam cruelmente, tratados como animais expostos aos mais atrozes e violentos castigos. (veja: Escravidão no Brasil)

Havia também a capela – local sagrado no qual aconteciam as mais belas sagrações religiosas; nas suas horas vagas ela exercia igualmente o papel de centro social, onde os homens livres do engenho e das circunvizinhanças se reuniam.

No engenho ficava ainda a moenda, onde a cana-de-açúcar era moída.

À mulher cabia a incumbência de administrar seu lar, devendo conservar-se recolhida fiscalizando o trabalho dos escravos domésticos.

O serviço escravo, realizado nas lavouras canavieiras, era supervisionado pelos feitores, que tinham a tarefa de vigiar os escravos e lhes aplicar punições que iam desde a palmatória até o tronco, no qual muitas vezes eram chicoteados até sangrar ou então permaneciam amarrados durante dias a pão e água.

Havia ainda o mestre de açúcar que, no engenho, dava o ponto no açúcar. O purgador o encarregado de purificar o açúcar. E o agregado morador do engenho que prestava serviços ao senhor em troca de produção e auxílio.

Outros trabalhadores livres também trabalhavam no engenho: iam de barqueiros, canoeiros até pedreiros, carreiros (condutores de carros de boi), vaqueiros, pescadores e lavradores que, além de cuidarem do cultivo da cana, também se dedicavam às pequenas roças de milho, mandioca ou feijão, as quais auxiliavam na subsistência, garantindo alimentação para a casa grande, senzala e assalariados livres.

A mão de obra utilizada nas lavouras de cana-de-açúcar, era a escrava, os portugueses optaram pela escravidão africana e não pela indígena, por muitos motivos, alguns são que os índios não tinham anticorpos contra as doenças dos brancos,e o índio não estava adaptado ao trabalho nas lavouras já que era incumbência das mulheres indígenas.

A propriedade agrícola era o latifúndio, monocultora, escravocrata e exportadora, designada pela expressão inglesa plantation, constitui a forma básica da colonização portuguesa no Brasil, até a descoberta e exploração de metais preciosos, a partir do final do século XVII. Porém a criação de gados por exemplo foi uma atividade muito importante no período colonial, portanto a economia do Brasil colonial não se reduziu à plantation, aos escravos, ao açúcar, ao tabaco, ao ouro e aos diamantes.

As Invasões Holandesas e a queda da economia açucareira

A prosperidade da produção açucareira no Brasil chamou a atenção dos holandeses que, em 1850, invadiram Pernambuco, maior produtor de açúcar da época. Os flamengos passaram então a trabalhar no local, adquirindo a experiência necessária do cultivo da cana-de-açúcar para, após sua expulsão, poderem utilizar este aprendizado, e foi o que aconteceu. Após a expulsão, foram para as Antilhas, onde prosseguiram com a cultura do açúcar, passando a ser durante os séculos XVII e XVIII, concorrentes do Brasil no abastecimento do mercado europeu.

Porém, no século XVIII, a Holanda se supera na construção de uma indústria açucareira e no abastecimento do mercado europeu, e faz com que o Brasil perca o monopólio do açúcar, desvirtuando o quadro político-econômico vigente na época.

O século XVIII põe fim ao ciclo da cana-de-açúcar no Brasil, abrindo novos caminhos para uma nova etapa, um novo período, que na história ficou conhecido como o ciclo do ouro.

Como conseqüência da paralisia econômica da colônia, a população passa a procurar novas saídas, novos caminhos, e ruma em direção à região de mineração no interior do Brasil, iniciando uma nova fase na história do Brasil.

Bibliografia

· Livro: História Global Brasil e Geral

· Site: http://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-cana-de-acucar/

Nomes: Abisague Silva Rocha Pereira

Amanda Pereira Moraes

Andressa Mendes

Bárbara Caroline

Guilherme José

Lorrane Rodrigues Vieira

Pámela Oliveira







Nenhum comentário:

Postar um comentário