Fugindo incansável à solidão Iara morreu só, sem Lamarca, sem velhos amigos, acuada, na mira da repressão. Foi uma entres tantas meninas de bairro que na onda dos 60 chega à Universidade e adere a organizações que acenam com um mundo justo e humano. Esse bem-intencionado passo redundou em clandestinidade, prisões, exílios e mortes. Os que sobreviveram, os amigos de infância, os que seguiram sonhos menos perigosos, falam de Iara e de si à jornalista que durante sete anos viveu os vinte e sete de Iara. Muitos amores, nenhum livro, nenhum diário, nem árvore nem filho tão desejado. A Iara de Judith é a história de uma geração que acreditou.
Anna Veronica Mautner
Iara Iavelberg nasceu em São Paulo, em 7 de maio de 1944 e faleceu em Salvador, no dia 20 de agosto de 1971; foi uma militante da luta armada no Brasil durante a ditadura militar.
Durante a militância, tornou-se companheira de Carlos Lamarca, com quem se refugiou na Bahia, em 1971.
As causas e até a data de sua morte permanecem envoltas em mistério. A data oficial é contestada por relatório do Ministério da Aeronáutica, segundo o qual ela teria se suicidado em 6 de agosto, acuada pela polícia em uma residência em Salvador. Alguns militantes, presos no DOI-Codi de Salvador, dizem ter ouvido seus gritos quando era torturada, o que contradiz a versão do Ministério da Marinha, segundo a qual ela teria sido morta durante "ação de segurança".
Iara, antes de aderir à luta armada, era psicóloga e professora universitária, feminista e defensora da igualdade dos direitos.
→ Matéria divulgada no sítio do MEPR (Movimento Estudantil Popular Revolucionário) em homenagem a esta grande revolucionária assassinada pelo gerenciamento militar fascista.
Aos 21 anos, estava divorciada. Irreverente, mulher de sedutora beleza, Iara começa intensa prática política, sem deixar de se fazer charmosa, a ponto de pedir às amigas alguma roupa nova emprestada, quando a política não lhe dava tempo ou recursos para buscá-la nas lojas. Iara não via motivos para descuidar da beleza em meio às lides políticas. Professora universitária, feminista, defensora da igualdade dos direitos, sonhava também com o amor que chegaria um dia, e com os filhos que traria ao mundo, ao mundo de injustiças que devia ser transformado. Para cooperar nesta transformação, Iara ingressa na POLOP, onde logo participa da dissidência e das discussões sobre a via da luta armada. Foi esse rumo que tomou. Na VRP, encontra Carlos Lamarca, o amor que ela buscava. A partir daí, foi a companheira de Lamarca de todas as horas e agruras.
→ Principais historiadores e militantes que conviveram com ela e em sua biografia fica confirmado que ela se suicidou.
Bibliografia
Trecho da biografia “IARA”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iara_Iavelberg
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/12/435248.shtml
Carolina Rodrigues de Oliveira
Fernanda Sousa Aleixo
Matheus Pereira Mendes
Victor Hugo Teófilo de Deus
Vitor Rodrigues
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