terça-feira, 19 de outubro de 2010

Iara Iavelberg

Fugindo incansável à solidão Iara morreu só, sem Lamarca, sem velhos amigos, acuada, na mira da repressão. Foi uma entres tantas meninas de bairro que na onda dos 60 chega à Universidade e adere a organizações que acenam com um mundo justo e humano. Esse bem-intencionado passo redundou em clandestinidade, prisões, exílios e mortes. Os que sobreviveram, os amigos de infância, os que seguiram sonhos menos perigosos, falam de Iara e de si à jornalista que durante sete anos viveu os vinte e sete de Iara. Muitos amores, nenhum livro, nenhum diário, nem árvore nem filho tão desejado. A Iara de Judith é a história de uma geração que acreditou.


Anna Veronica Mautner

Iara Iavelberg nasceu em São Paulo, em 7 de maio de 1944 e faleceu em Salvador, no dia 20 de agosto de 1971; foi uma militante da luta armada no Brasil durante a ditadura militar.

Durante a militância, tornou-se companheira de Carlos Lamarca, com quem se refugiou na Bahia, em 1971.

As causas e até a data de sua morte permanecem envoltas em mistério. A data oficial é contestada por relatório do Ministério da Aeronáutica, segundo o qual ela teria se suicidado em 6 de agosto, acuada pela polícia em uma residência em Salvador. Alguns militantes, presos no DOI-Codi de Salvador, dizem ter ouvido seus gritos quando era torturada, o que contradiz a versão do Ministério da Marinha, segundo a qual ela teria sido morta durante "ação de segurança".

Iara, antes de aderir à luta armada, era psicóloga e professora universitária, feminista e defensora da igualdade dos direitos. O Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo prestou uma homenagem à antiga aluna e deu seu nome ao centro acadêmico, passando a ser chamado: Centro Acadêmico Iara Iavelberg.

Matéria divulgada no sítio do MEPR (Movimento Estudantil Popular Revolucionário) em homenagem a esta grande revolucionária assassinada pelo gerenciamento militar fascista.

Quando menina Iara queria ser atriz e bailarina. Na adolescência, gostava de teatro e cinema. Cresceu lendo a poesia que empolgava os jovens mais valorosos da sua geração. Aos 16 anos, casava-se com um estudante de medicina e já tinha a base humanista que norteou seus dias futuros. Decidiu estudar psicologia, levada por sua permanente sensibilidade para as suas relações pessoais.
Aos 21 anos, estava divorciada. Irreverente, mulher de sedutora beleza, Iara começa intensa prática política, sem deixar de se fazer charmosa, a ponto de pedir às amigas alguma roupa nova emprestada, quando a política não lhe dava tempo ou recursos para buscá-la nas lojas. Iara não via motivos para descuidar da beleza em meio às lides políticas. Professora universitária, feminista, defensora da igualdade dos direitos, sonhava também com o amor que chegaria um dia, e com os filhos que traria ao mundo, ao mundo de injustiças que devia ser transformado. Para cooperar nesta transformação, Iara ingressa na POLOP, onde logo participa da dissidência e das discussões sobre a via da luta armada. Foi esse rumo que tomou. Na VRP, encontra Carlos Lamarca, o amor que ela buscava. A partir daí, foi a companheira de Lamarca de todas as horas e agruras.

Foram protagonistas heróicos da história de amor e combate, esperança e luto que passou a ganhar contornos de mito e minar as fundações da ditadura.
Em abril de 1971, em discordância com a VPR, Lamarca e Iara ingressam no MR8. Em junho, vão para a Bahia, onde Lamarca se envereda no sertão, para estabelecer bases da organização no interior. Com a prisão de companheiros, dos órgãos de segurança obtém informação e iniciam o cerco ao guerrilheiro. Em Salvador, Iara é morta, aos 27 anos, em circunstâncias ainda não esclarecidas.


lara foi sepultada por sua família no cemitério israelense de São Paulo. Seus sonhos de amor e revolução foram covardemente destruídos. Os assassinos ignoram que amor e justiça são da essência humana; por isso, simplesmente, a fugaz trajetória de Iara é imortal.
Sobre sua morte, há duas versões. Uma delas, a oficial, diz que teria ocorrido após tiroteio com policiais deslocados do Rio para prendê-la; consta que Iara se matou para escapar à perseguição e à tortura. A outra versão, sustentada por alguns companheiros, é de que teria sido presa e levada para a sede do DOPS local, onde a torturaram e mataram.

Principais historiadores e militantes que conviveram com ela e em sua biografia fica confirmado que ela se suicidou.


Bibliografia

Trecho da biografia “IARA”


http://pt.wikipedia.org/wiki/Iara_Iavelberg

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/12/435248.shtml



Componentes: Anaeliza dos Santos Oliveira

Carolina Rodrigues de Oliveira

Fernanda Sousa Aleixo

Matheus Pereira Mendes

Victor Hugo Teófilo de Deus

Vitor Rodrigues

Nenhum comentário:

Postar um comentário