terça-feira, 19 de outubro de 2010

Maria Quitéria



Maria Quitéria de Jesus Medeiros (1792-21 de agosto de 1853) nasceu em Feira de Santana. De acordo com alguns historiadores, ficou órfã de mãe aos dez anos, passando a cuidar da casa e de seus dois irmãos mais novos, era filha de Gonçalves de Almeida, rico fazendeiro da região. Bonita e dotada de rara inteligência, aprendeu a montar e usar armas, não sabia ler nem escrever, como todas as mulheres de seu tempo no Brasil.

Em 1922, quando se iniciaram as lutas no Recôncavo Baiano pela independência, foge de casa vestida com um uniforme militar de um cunhado, de quem adota o nome e patente, ficando conhecida como “soldado Medeiros”. Alista-se no regimento de artilharia e depois no batalhão de caçadores Voluntários do Príncipe D. Pedro I. Demonstrava bravura nos combates com os portugueses, é elogiada pelos companheiros de farda e logo promovida ao posto de cadete, ainda disfarçada de homem.Combateu na foz do Rio Paraguaçu, onde demonstrou heroísmo. Participou também dos combates na Pituba e em Itapuã, sendo sempre destacada por sua coragem.

Com o fim da luta, sua verdadeira identidade é revelada. Vai para o Rio de Janeiro onde é condecorada, 20/08/1823, pelo próprio imperador D. Pedro I com a insígnia de cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul. É reformada com soldo de Alferes.

Casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição. Mudou-se depois com a filha para Salvador,. Maria Quitéria foi a primeira mulher, no Brasil, a sentar praça num acampamento militar.

Morreu quase cega no anonimato, em local ignorado. Em 28 de julho 1986, um decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso reconhece Maria Quitéria como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exercito Brasileiro, uma das poucas divisões do exército que aceitam integrantes do sexo feminino.





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